terça-feira, 21 de julho de 2009

A falta que não fiz

Fones de ouvidos e cabeça baixa. Cercada por olhares curiosos, caminhava. Seus pensamentos tão absortos em tudo que ficou, mas em ninguém permaneceu.
O peito apitava e se contraía como uma panela de pressão, a foto que levou na mochila não atenuava solidão. A mente era um reduto de planos, inquieta e veloz pensava em milhões de idéias e sonhava. Os sonhos eram estranhos e estranhamente vazios.
Descansou sem relaxar. As pernas e os olhos parecem tão pesados. Foram horas pensando no que deixou para trás e, quando voltou, encontrou o vazio.
Seu livro não terá um capítulo sobre uma história que ninguém vai contar, da falta que não fez!

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