sábado, 27 de dezembro de 2008

O estojo

Faço as doces impressões. Eu só acredito no que quero. Talvez um pouco no que me convém.
Sei que tudo que me dizem, lá no fundo, está certo. Se eu quero essa verdade para mim é outra história.
Eu camuflei o que me incomodou. Quero acreditar que pode ser diferente. Ou quero acreditar que eu posso fazer diferença.
Tenho meus motivos, é só isso que me leva até lá. Se eu cair, que seja por mim, não porque deixei que alguém tenha pensado por mim. Eu não tenho um estilo de vida que não seja o meu e nenhuma vida que não seja... A minha.
Então, me deixe com as minhas réguas. Enquanto eu abro meu estojo e pego minha caneta favorita para rabiscar palavras a quem mais questionei.
Fico aqui pensando se tudo mundo está realmente errado enquanto me iludo. Mas não, eu vejo além dos olhos, meus olhos sempre vêem com outros olhos. Já pensei assim, já errei. Mas vamos lá, não há porque o coração que bate não martelar os mesmos erros.
Uma hora, talvez, você me descubra. Talvez me conheça de verdade. Talvez seja tarde demais.
Te vejo tendo pressa para tantas coisas, bem que agora poderia querer isso novamente.
De qualquer modo, não me importa. Eu já me acostumei. Não consigo fazer diferente. Você sempre será a criança que eu vou chorar quando soltar as mãos para ensinar a andar. Sei que você vai cair, mas estarei lá para te dar algum consolo depois.
Já me acostumei comigo.
Uma caixa preta
Envolta por um laço vermelho
Um enfeite inútil
Para embelezar as ilusões
Bem - vindos ao mundo de Mandy